Por QUADRIPOP
O Guarani é um romance de José de Alencar publicado em folhetim em 1857, o romance é uma alegoria sobre a formação do povo brasileiro, contando a história do bravo índio goitacá Peri, que se apaixona pela portuguesa Cecília, chamada de Ceci, Peri representa o tropo do bom selvagem, conceito surgido no século XVII, o bom selvagem é aquele que não foi corrompido pela civilização, nesse caso, os indígenas, um exemplo de bom selvagem na cultura pop é o Tarzan dos filmes estrelados por Johnny Weissmuller, diferente da visão dos livros de Edgar Rice Burroghs, onde Tarzan, mesmo sem contato com a civilização, tem características de um aristocrata.
O romance é o primeiro da trilogia indianista do autor, seguido por Iracema (1865), que também trata de um romance entre dois povos, embora nessa, os gêneros tenham sido trocados, Iracema é índia da tribo dos tabajaras que se apaixona por Martim, o homem branco. O último romance é Ubijara (1874) e se passa antes da colonização portuguesa.
O Guarani foi o romance brasileiro mais adaptado para os quadrinhos, talvez por suas doses de aventura, tenha sido escolhido para ser um Tarzan brasileiro, ainda assim, não seria considerado um tarzanide, esses personagens seriam homens da civilização que vão parar em ambientes selvagens, sejam eles adultos ou crianças, Peri era um índio e não um homem que aprendeu a sobreviver na Floresta.
A primeira adaptação para os quadrinhos foi feita por Francisco Acquarone, Aquarone foi um quadrinista surgido depois da implementação dos modelos de jornais infanto-juvenis por Adolfo Aizen em 1934 com o Suplemento Infantil (depois chamado de Juvenil), que trouxe o modelo das tiras de aventura, Aquarone adaptou O Guarani em 1937 para o Correio Universal da Livraria Civilização, curiosamente, no mesmo ano, Oswaldo Storni adaptou uma história de Tarzan na revista O Tico-Tico. Também no mesmo ano, Acquarone adaptou outra história de José de Alencar, As minas de prata, publicada nas páginas do O Globo Juvenil.
Em 2017, 70 anos após a publicação da adaptação e 160 anos após a publicação do romance, o Senado Federal brasileiro publicou uma edição fac-símile dessa adaptação, a edição impressa foi vendida a ao preço de R$ 10,00, contudo, já está esgotada a edição baixada gratuitamente no site do Senado Federal, a edição usada foi cedida por Athos Eichler Cardoso, autor do livro Memórias d'o Tico-Tico: Juquinha, Giby e Miss Shocking, publicado em 2009 e organizador do álbum As aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora : os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883 publicado em 2002, ambos também editados pelo Senado Federal e também disponíveis para download gratuitamente nos links.
O romance é o primeiro da trilogia indianista do autor, seguido por Iracema (1865), que também trata de um romance entre dois povos, embora nessa, os gêneros tenham sido trocados, Iracema é índia da tribo dos tabajaras que se apaixona por Martim, o homem branco. O último romance é Ubijara (1874) e se passa antes da colonização portuguesa.
O Guarani foi o romance brasileiro mais adaptado para os quadrinhos, talvez por suas doses de aventura, tenha sido escolhido para ser um Tarzan brasileiro, ainda assim, não seria considerado um tarzanide, esses personagens seriam homens da civilização que vão parar em ambientes selvagens, sejam eles adultos ou crianças, Peri era um índio e não um homem que aprendeu a sobreviver na Floresta.
A primeira adaptação para os quadrinhos foi feita por Francisco Acquarone, Aquarone foi um quadrinista surgido depois da implementação dos modelos de jornais infanto-juvenis por Adolfo Aizen em 1934 com o Suplemento Infantil (depois chamado de Juvenil), que trouxe o modelo das tiras de aventura, Aquarone adaptou O Guarani em 1937 para o Correio Universal da Livraria Civilização, curiosamente, no mesmo ano, Oswaldo Storni adaptou uma história de Tarzan na revista O Tico-Tico. Também no mesmo ano, Acquarone adaptou outra história de José de Alencar, As minas de prata, publicada nas páginas do O Globo Juvenil.
Em 2017, 70 anos após a publicação da adaptação e 160 anos após a publicação do romance, o Senado Federal brasileiro publicou uma edição fac-símile dessa adaptação, a edição impressa foi vendida a ao preço de R$ 10,00, contudo, já está esgotada a edição baixada gratuitamente no site do Senado Federal, a edição usada foi cedida por Athos Eichler Cardoso, autor do livro Memórias d'o Tico-Tico: Juquinha, Giby e Miss Shocking, publicado em 2009 e organizador do álbum As aventuras de Nhô-Quim & Zé Caipora : os primeiros quadrinhos brasileiros 1869-1883 publicado em 2002, ambos também editados pelo Senado Federal e também disponíveis para download gratuitamente nos links.
Sepé Tiajaru (1723-1756) foi um índio um índio guarani, que embora catequizado, liderou uma revolta indígena contra portugueses e espanhóis.
Em 2010, a Câmara Federal publicou a HQ Sepé Tiaraju – O Índio, o Homem, O Herói, roteirizado por Luiz Gatto, ilustrada por Plínio Quartim com arte-final do próprio Quartim, Mateus Zanon, Bruno Primo e Pedro Ernesto a HQ foi distribuída gratuitamente em escolas de todo o país e também disponibilizada para download gratuitamente.
Teaser da HQ
A história de Sepé havia sido adaptada por Flávio Colin em 1963 para a CETPA (Cooperativa Editora e de Trabalho de Porto Alegre), uma editora e syndicate (empresa que distribuí passatempos e tiras de jornal) que defendia a nacionalização dos quadrinhos. Fontes: Tiras Memory e Universo HQ
Links úteis
O Guarani - romance completo no site Wikisource
O Guarani - TV Tropes
Romantismo no Mundo
O Guarani em quadrinhos -1937
O dia em que Iracema conquistou Tarzan
Outras adaptações de romances de José de Alencar - Blogue da BD