domingo, 1 de julho de 2018

ARTE POTIGUAR divulgou a GIBITECA POTIGUAR


Júnior Santos - 06/04/2008
OBRAS - Educador Luiz Elson acaba de lançar a Gibiteca Potiguar

O arte-educador e desenhista potiguar Luiz Elson resolveu legar às próximas gerações a riqueza da arte dos quadrinhos. Juntando seu acervo e a de outros amigos colecionadores de gibis e livros do gênero, o professor, que é membro do Grupo de Pesquisa de Histórias em Quadrinhos (GRUPHQ), está trazendo para o público mais de 800 revistas e livros em quadrinhos. O acervo está disponível no CEBE Centro de Estudos e biblioteca escolar professor Américo Oliveira - espaço onde funciona a gibiteca Potiguar, localizada na Avenida Itapetinga, 1430 conjunto Santarém, Zona Norte, e é aberto ao público das 7h até 22h.

Junto com o acervo, o público poderá apreciar a exposição das charges, desenhos e textos dos potiguares Edmar Viana e Evaldo Oliveira, dois dos mais importantes desenhistas do País, falecidos recentemente.

A idéia surgiu durante a última Bienal Nacional do Livro de Natal, ano passado, quando o colecionador Francisco Pereira lançou a idéia e Luiz Elson abraçou a proposta. “Já no ano passado começamos a agilizar tudo. Trouxe a idéia para a equipe e os amigos começaram a solicitar as doações”, conta o professor.
Gibiteca Potiguar foi inaugurada na biblioteca da Zona Norte, na Avenida Itapetinga, no conjunto Santarém.
Confira no vídeo

Fonte:http://videolog.uol.com.br/video.php?id=321853 *

Na época, o professor e colecionador Walfredo Brasil fez uma doação de 200 revistas de diferentes origens — inclusive raridades como as coleções da época de ouro, início dos anos 60. Depois foram surgindo outros doadores com revistas mais recentes e o acervo já conta com mais de 800 obras, mas Elson espera ampliar este acervo em breve e aguarda a sensibilidade de outros colecionadores.

Além de ser uma gibiteca com obras também destinadas à pesquisa, por conter livros de história dos quadrinhos, o espaço está sendo preparado para a realização de oficinas de desenho, quadrinhos e mangá (desenhos japoneses), que deverá acontecer em breve.

Diversos gêneros nacionais e internacionais, como a Turma da Mônica, quadrinhos da Disney e também locais, publicadas por autores do Rio Grande do Norte, fazem parte do acervo. “Temos de tudo, desde os desenhos em quadrinhos japoneses, os Mangais, aos quadrinhos adultos e infantis”, disse o professor.

No meio do colorido das historias, existem no acervo biografias de personalidades e reportagens contadas em quadrinhos, como o livro sobre a Bomba Atômica e a história da Palestina.


Fonte:http://videolog.uol.com.br/video.php?id=312141*.

Literatura

O acervo é tão variado que até a literatura está representada. Existem obras de Shakespeare em quadrinhos, como Hamlet, e também há versões de clássicos universaid como “O Morro dos Ventos Uivantes” e “Moby Dick”. Além dessas, a literatura brasileira também foi transportada para o mundo dos quadrinhos, como o “Senhora” de José de Alencar. “É importante a diversidade. O principal objetivo hoje é atrair o maior número de pessoas possível para conhecer e deliciar-se com mundo encantado do desenho”, conta Elson.

Para o professor, os dias de hoje estão regidos pelas imagens televisivas e dos computadores, isso implica na leitura além do texto — entrando no tema da Semiótica. “É importante fazer leitura do mundo não só do texto escrito, mas da leitura das imagens. E os quadrinhos são fascinantes porque conseguem unir a linguagem textual e a imagem num só espaço. É antigo e contemporâneo ao mesmo tempo”, explica.

Nesse universo reservado aos quadrinhos, o professor acredita que muitas pessoas em determinado momento da vida lêem gibis. Um exemplo claro, segundo conta Elson, é do escritor e político Rui Barbosa, o fundador da Academia Brasileira de Letras. “Ele era leitor de gibis como O Tico-Tico (lançada no início do século passado). São intelectuais que em determinado momento da vida se apaixonaram também pela nona arte”, lembra Luiz.

Mesmo sendo uma iniciativa independente com apoio do Estado, devido ao espaço, os funcionários da biblioteca estarão orientando os leitores. “Como não pode levar as revistas para casa, a leitura é feita no local. Os orientadores estarão à disposição. Essa iniciativa serve para incentivarmos a preservação dos gibis e a freqüência à biblioteca”, finalizou.

19/04/2008 - Tribuna do Norte

Michelle Ferret - Repórter

FONTE

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